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Matosinhos é grande pela gastronomia.

Aproximando-se a hora do almoço ou do jantar, avivam-se nas mentes imagens dos mais antigos quarteirões de Matosinhos e de Leça da Palmeira, envoltos em odores apetitosos que emanam das cozinhas de excelentes restaurantes ou de fogareiros a carvão, onde se grelham peixes e mariscos do nosso mar.

É um irresistível chamamento aos nobres paladares, cuja satisfação será conseguida no requinte de luxuosos restaurantes ou na informalidade de acolhedoras tasquinhas. Em Matosinhos os comeres são para todos num lema de qualidade e de excelência.

Com uma gastronomia que entronca na tradicional cozinha do Entre-Douro e Minho, as carnes de aves, porco e bovino eram privilégio das mesas das casas de lavoura, fazendo justiça à vocação eminentemente rural do concelho até quase meados deste século. Foi, contudo, com o surto industrial e com a consequente terciarização que a cozinha matosinhense se orientou para os produtos do mar, numa lógica de integração na cultura piscatória, até aí muito restrita às classes marítimas, cuja dieta alimentar se circunscrevia, quase exclusivamente, ao peixe - o peixe pobre como dizem os pescadores - sardinha, carapau, espadilha, biqueirão, pois que o mais cotado se destinava à venda. A caldeirada de peixe era o prato de referência, enriquecida com espécies mais nobres por altura das festas do santo padroeiro, aí designada de Caldeirada do Senhor de Matosinhos.

Porém, longe vão os tempos em que a foz do rio Leça era um cenário bucólico e de reboliço de gente do mar, onde se acolhiam barcos a remos e à vela, se vendia e salgava o peixe, azáfama que se transpôs depois para a praia, no interior dos molhes do Porto de Leixões. Aqui assistiu-se ao desenrolar do progresso pela tecnologia. As companhas viram a sua labuta facilitada na substituição dos remos e das velas pela motorização das embarcações. Os pescadores deixaram de varar os barcos no areal, de lançar o “ferro” na bacia de Leixões, e as mulheres de lavar e vender o peixe na praia. Agora descarregam-no no porto de Pesca, uma infraestrutura moderna e operacional que safou de perigos e sacrifícios os obstinados pescadores desta terra, aliviou as mulheres de noites de agonia, sofrimento e luto, e vendem-no na lota em disputados lances de leilões.

Um porto de mar, um porto de pesca, uma lota, refrigeração adequada para o peixe, em substituição da tradicional salga, que chegou a todos os continentes saída pelo Porto de Leixões, Matosinhos volta as costas à tradição rural e piscatória. Nesta metade do século abre-se à indústria, aos serviços, à cultura, ao desporto, rasga avenidas, urbaniza-se em contínuo com as cidades vizinhas, explode em saltos de dinamismo e torna-se referência desta autêntica megalópolis de negócios, que é a Área Metropolitana do Porto, pelo aroma e sabor dos peixes e mariscos que os abnegados pescadores colocam nas bancas do seu moderno mercado e nas montras e mesas dos restaurantes.

Em família, em negócios, na política, no turismo, ou apenas para convívio de amigos, almoçar ou jantar em Matosinhos e Leça da Palmeira tornou-se habitual no quotidiano de quem vive, labuta ou visita estas paragens. Nesta cidade, autêntico norte gastronómico, o peixe e o marisco erguem-se como imagem de marca dos seus inúmeros restaurantes, para todos os momentos, bolsas e exigências.

Não desdenhando as velhas receitas de carne: à jardineira, assada, cozida à portuguesa, em rojões, em tripas com feijão, ou como a imaginação impuser, nos nossos restaurantes o peixe tornou-se especial atração pela variedade, frescura e qualidade que só a vizinhança do mar e da lota podem explicar.

Em qualquer restaurante o linguado, o goraz, o cherne, o robalo, o tamboril, a pescada, o atum, o espadarte, o polvo, ou o venerável bacalhau, constam das ementas e protagonizam cozinhados criativos e deliciosos. Contudo, é na grelha que o paladar dos nossos visitantes mais os aprecia, onde se inclui o carapau e a sempre popular sardinha.

Os mariscos, requintadamente preparados, simples, grelhados ou na cataplana, autêntica sinfonia do mar, e verdadeiro ex-libris da restauração matosinhense, há-os para todos os gostos: lagosta, lavagante, camarão da costa, percebes, entre muitas outras espécies.

Mas sem dúvida que o êxtase gastronómico deste empolgante marco nesta “Matosinhos de Horizonte e de Mar”, está na açorda e no arroz de marisco ou de tamboril, um aplauso às simples gentes do mar que os pesca e tão bem sabe cozinhar.

Por isso, para comer neste “Porto: Norte de Portugal” venha a Matosinhos.