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Turismo celebra Dia Nacional do Peregrino

13 Outubro 2021

Matosinhos apresenta o livro “A Origem da Vieira de Santiago” destinado aos mais novos.

Hoje celebra-se o Dia Nacional do Peregrino. A data, instituída em 2014 pela Assembleia da República, assinala a última aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13 de outubro, dia em que se deu o Milagre do Sol, testemunhado por milhares de pessoas na Cova da Iria.

Em Matosinhos, as comemorações do Dia Nacional do Peregrino decorrem em vários locais e plataformas digitais, com destaque para ações promocionais na Loja Interativa de Turismo no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, dedicadas à promoção do território nos Caminhos de Santiago.

Matosinhos, recorde-se, tornou-se num ponto de passagem obrigatório para os peregrinos que escolhem rumar a Santiago de Compostela pelo litoral português, registando crescimentos contínuos a cada ano.

Diariamente, passam pelos postos de turismo do concelho cerca de 400 peregrinos com o objetivo de obter informações e de carimbar a credencial que comprova a passagem por mais uma etapa do caminho.

Em Ano Xacobeo, também conhecido como Ano Jacobeu, Ano Santo ou Ano Jubilar, a Câmara Municipal de Matosinhos apresentou o livro infantojuvenil “A Origem da Vieira de Santiago”, da autoria do historiador Joel Cleto e com ilustrações de Rodrigo Guimarães.

A apresentação da obra decorreu na Loja Interativa de Turismo de Matosinhos e contou com a participação de alunos do 3.º ano da Escola Básico do Godinho.
Além do autor, a sessão contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal, Luísa Salgueiro, e do Vice-presidente da autarquia e vereador da Cultura, Fernando Rocha.

O livro incide sobre a Lenda de Cayo Carpo, história narrada pela personagem Ernesto, que assistiu aos acontecimentos que associam Matosinhos ao culto de Santiago de Compostela.

Tiago, um dos apóstolos de Cristo, terá sido incumbido de transmitir e difundir a Mensagem do seu Mestre no Noroeste da Península Ibérica. No fim dessa missão, regressa à Palestina onde, no ano 44, num episódio narrado na Bíblia, é capturado por Herodes Agripa que o manda decapitar, transformando-o num dos primeiros mártires do cristianismo.

Os seus seguidores conseguem, contudo, recuperar o corpo e decidem transportá-lo para a sua área de evangelização. É assim que, após o embarque, navegam até Iria Flavia, na Galiza, principal porto da região, procedendo ao enterramento do corpo de Santiago, ainda segundo a tradição, num bosque próximo, que mais tarde conheceremos por Compostela.

Será durante o transporte marítimo do corpo martirizado do santo desde a Palestina à Galiza que ocorrerá o episódio que explica a associação da vieira a Santiago.

Corria o ano de 44 d.C., um vasto areal no lugar de Bouças (designação, até ao início do século XX, do atual concelho de Matosinhos), conhecido como a Praia do Espinheiro, é o local escolhido pelo grande senhor romano e pagão da região, Cayo Carpo, para realizar as festas do seu casamento com a jovem Claudia Loba.

Durante as festividades, o noivo desafia os restantes cavaleiros para uma corrida invulgar de cavalos: venceria quem conseguisse entrar mais longe mar adentro. Para surpresa de todos, o cavalo de Cayo Carpo avança, desenfreado, sobre as águas sem se afundar. Dirige-se para um barco, em pedra, que passa ao largo transportando o corpo de Santiago da Palestina até à Galiza. Perante o milagre que presenciou, Cayo Carpo converte-se ao cristianismo. Engolidos pelas águas do mar, cavaleiro e cavalo reaparecem no areal completamente cobertos de vieiras, convertidas, a partir daí, num dos símbolos de Santiago. Também se diz que Cayo Carpo surgiu completamente “matizadinho” de vieiras e, por esse motivo, passou a ser conhecido como o “Matizadinho” na praia do “Matizadinho”- topónimo que evolui, nos séculos seguintes, para Matosinhos.

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