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Ministra do mar em Matosinhos

08 Janeiro 2016

Ana Paula Vitorino visitou ontem um conjunto de instituições e empresas ligadas à economia do mar.

Acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, a Ministra do Mar iniciou o périplo pela indústria conserveira. A primeira paragem foi na fábrica das Conservas Pinhais, em Matosinhos, que ainda utiliza o processo artesanal de produção de conservas de peixe. Apenas na fase de esterilização e cravação das latas são utilizadas máquinas. De resto, todo o trabalho é executado por 80 trabalhadores.

Fundada em 1920, a Pinhais produz conservas de peixe, nomeadamente sardinhas em azeite virgem, azeite picante e molho de tomate, bem como conservas de cavala em azeite virgem, numa média de 30 mil latas produzidas por dia.

Hoje, a empresa exporta 90 por cento do que produz. Para além dos outros países da União Europeia, as conservas são consumidas nos Estados Unidos, Antilhas Francesas, Filipinas e Israel.

Em Portugal fica apenas 10 por cento da produção, destinada exclusivamente ao mercado gourmet.

Seguiu-se uma visita às novas instalações da Ramirez.

Constituída em 1853, em Vila Real de Santo António, a Ramirez, que já se havia estabelecido em Matosinhos no final de década de 1920, fixou aí a sua sede em 1940, mesmo antes da entrada em laboração da fábrica em Leça da Palmeira, que já não permitia o crescimento e a inovação desejados.

Assim, a Ramirez decidiu construir uma nova unidade em Lavra, apoiada pelo PROMAR e declarada como um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN).

Este investimento de €18 milhões permite duplicar a capacidade atual da unidade mais antiga do mundo em laboração no sector das conservas de peixe e que, nos últimos anos, tem absorvido 25% das descargas anuais de sardinha no porto de pesca de Matosinhos.

A “Ramirez 1853” pretende ser ainda um pilar do turismo industrial em Matosinhos, já que dispõe de um museu, alusivo à sua história empresarial em Vila Real de Santo António, Olhão, Albufeira, Setúbal, Lisboa, Matosinhos e Peniche, bem como uma plataforma de divulgação e degustação das mais diversas propostas de conservas de peixe.

À tarde, Ana Paula Vitorino deslocou-se ao centro de incubação de projetos empresariais ligados às Ciências e Tecnologias do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC MAR) no Porto de Leixões, as novas Plataformas Logísticas e o novo Terminal de Cruzeiros.

A Ministra do Mar defendeu a colaboração entre universidades, centros de investigação e indústria, ao nível da inovação e novas tecnologias. Ana Paula Vitorino considera, todavia, que é necessário “ir mais além”. “Devemos apostar em novos produtos para que possamos aumentar o volume de negócios quer ao nível das exportações quer na nossa gastronomia. O uso da robótica para explorar o fundo do mar em busca de minerais que possam ser utilizados na indústria farmacêutica ou na indústria cosmética, o desenvolvimento da aquacultura, o aproveitamento das energias renováveis e o desenvolvimento da economia do mar são outras áreas em que devemos apostar”, disse.

O Governo pretende disponibilizar, dentro de alguns meses, o Fundo Azul, uma estrutura que pretende fomentar a criação de novas empresas e potencial a investigação aplicada. Já o programa comunitário Mar 2020 prevê uma verba de 500 milhões de euros para o setor.

Além de Guilherme Pinto, a comitiva da Ministra do Governo incluiu a participação do Secretário de Estado das Pescas, José Polinário, dos deputados da Assembleia da República Luísa Salgueiro, Renato Sampaio, Isabel Santos, Ricardo Bexiga, Joana Lima e Fernando Jesus, da presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo, do Vice-presidente da Autarquia, Eduardo Pinheiro, dos vereadores Joana Felício, Fernando Rocha, António Correia Pinto, José Pedro Rodrigues, Ernesto Páscoa e Alfredo Barros, dos presidentes das uniões de freguesia Pedro Sousa e Rodolfo Mesquita, de empresários, entre outros convidados ligados à economia do mar.

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