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Casa do Design expõe capas de LP que marcaram a cultura portuguesa

Datas
04.05.17 a 12.06.17

De 4 de maio a 12 de junho


É provável que escute por estes dias a “Grandola Vila Morena” do José Afonso, seja nas comemorações do 25 de Abril, seja na festa do 1 de maio que se avizinha. Se, todavia, não se lembra como era, ou se nunca viu a capa do disco original da icónica canção, e gostava, a solução é correr para a Casa do Design de Matosinhos, onde, a partir de 4 de maio, estará patente uma exposição dedicada à mítica editora discográfica Orfeu.

“Discos Orfeu — Imagens, Palavras, Sons (1956-1983)” tem inauguração marcada para as 17 horas de 4 de maio e estará patente até 12 de junho, mostrando a história da editora discográfica criada no Porto, em 1956, por Arnaldo Trindade, responsável também por um dos mais singulares percursos de uma instituição cultural portuguesa.

Tendo iniciado a sua atividade com a edição fonográfica em disco de vinil de grandes vultos da literatura portuguesa, como Miguel Torga, José Régio, Eugénio de Andrade, José Rodrigues Miguéis ou Sophia de Mello Breyner, em discos cujas capas o pintor Moreira Azevedo marcou pela sua modernidade, a Orfeu cedo começou a afirmar uma identidade diferenciada também ao nível do seu catálogo musical, inovador e diversificado, justificando a divisa que durante muito tempo ostentou: “Disco é Cultura”.

Com curadoria de José Bártolo, a exposição dá continuidade à aposta da Casa do Design de Matosinhos na investigação e divulgação da história do design português. “Discos Orfeu — Imagens, Palavras, Sons (1956-1983)” é, assim, a primeira grande exposição dedicada à emblemática editora, que, refira-se, chegou a gravar um disco por semana, tendo sido responsável pelo lançamento de um grande número de novos músicos.

Foi na Orfeu que Adriano Correia de Oliveira editou toda a sua obra e que José Afonso gravou alguns dos seus melhores trabalhos, como “Traz Outro Amigo também” (1970) ou “Cantigas do Maio” (1971). Os incontornáveis discos “Pano-Cru” (1978) e “Campolide” (1979), de Sérgio Godinho, ou “10.000 anos depois entre Vénus e Marte” (1978), de José Cid, têm selo Orfeu, tal como discos marcantes de artistas tão distintos como Fausto, Conjunto António Mafra, Luís Cília, Titãs, Janita Salomé, Pop Five Music Incorporated ou Conjunto Maria Albertina, numa inquestionável demonstração de uma enorme diversidade cultural.

A exposição estrutura-se em cinco núcleos principais: No início era o verbo (1956-1959); Trovas do Vento que passa (1960-1967); Vozes da Revolução (1968-1975); Entre Vénus e Marte (1976-1979); O fim da aventura (1980-1983).

O trabalho de investigação coordenado por José Bártolo – em articulação com Arnaldo Trindade e Noly Trindade e a colaboração técnica de João Carlos Callixto, Carlos Paes, João Pedro Rocha e Heitor Vasconcelos – permitiu reunir e apresentar as principais capas de discos da Orfeu e inúmero material documental (gráfico, fonográfico e vídeo), algum dele inédito. Do primeiro contrato de José Afonso com a Orfeu aos originais da arte final da capa do seu disco “Coro dos Tribunais”, muitos serão os documentos presentes na exposição.

“Discos Orfeu — Imagens, Palavras, Sons (1956-1983)” concederá natural destaque ao trabalho gráfico das capas de discos, nas quais se destacam designers como José Santa-Bárbara, Fernando Aroso, José Brandão, José Luís Tinoco ou Alberto Lopes, e à importância de fotógrafos como Fernando Aroso, Eduardo Gageiro, Álvaro João, Nick Boothman, João Paulo Sotto Mayor ou Patrick Ullmann.

A par da exposição decorrerá ainda uma programação paralela, com datas a anunciar, que juntará diversos artistas Orfeu, colecionadores e musicólogos.

Morada

Casa do Design de Matosinhos
Rua de Alfredo Cunha 15, 4450-009 Matosinhos 

Coordenadas
Latitude
41.1836493
Longitude
-8.683308000000011
Pontuação
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